Os sócios do mesmo manifestaram o seu interesse em poder dar continuidade a esta iniciativa.
A rota fluvial do Rio Minho usufruída por 5.400 pessoas entre fevereiro e outubro foi uma das iniciativas concretizadas no âmbito do projeto Rio Minho, Destino Navegável, que hoje se encerrou. Participaram como parceiros os concelhos de Tui e Salvaterra de Minho, as câmaras municipais de Valença e Monção, juntamente com a Agência de Turismo da Galiza, a Direção do Património Natural da Xunta da Galiza e o Turismo do Porto e Norte de Portugal. Financiado com fundos do Programa INTERREG V-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2014-2020, teve um orçamento de 1.151.355,68€. Começou com os objetivos de melhorar a navegabilidade do rio Minho Internacional, de posicionar o rio Minho como destino turístico transfronteiriço, de aumentar a diversificação da economia local, aumentar a ligação da população às zonas ribeirinhas e ecossistemas associados , e sensibilizar a população local para a necessidade da sua conservação e valorização.
Todos os parceiros do projeto concordaram hoje na cerimónia de encerramento sobre o sucesso do projeto, apesar das dificuldades que tiveram de ultrapassar, e manifestaram o seu interesse em poder dar continuidade a esta iniciativa com um Rio Minho, Destino Navegável 2.0.
O autarca de Tui, Enrique Cabaleiro, adiantou assim a firme decisão de Tui de rumar a um “Rio Minho, Destino Navegável” porque “este tipo de projetos são necessários para potenciar não só a marca turística do rio Minho, mas todo o que implica a valorização do nosso ambiente, do nosso território e de todas as potencialidades que tem", disse, e levantou a possibilidade de o podermos expandir a mais territórios. Afirmou que o resumo do projeto “é um verdadeiro sucesso” acrescentando que é “o grande desafio continuar a trabalhar”
Da Agência de Turismo da Galiza, Nava Castro, ofereceu-se para poder continuar a contribuir para a realização de uma segunda fase. Mostrou-se “agradavelmente orgulhosa” deste projeto, sublinhando que “o rio Minho não nos separa, mas une-nos”.
A autarca de Salvaterra, Marta Valcarcel, referiu-se às múltiplas dificuldades que tiveram de enfrentar ao longo do desenvolvimento do projeto, desde a COVID à seca deste verão. E expressou sua gratidão a todas as pessoas que tornaram possível que "este sonho se tornasse realidade". Este, disse, é “um projeto nascido do coração e da necessidade de valorizar o nosso território”. Acrescentou que também é objetivo do projeto “resolver os problemas que enfrentamos não só como administrações, mas também como cidadãos”. Concluiu apontando a importância de “valorizar a grande riqueza que temos: patrimonial, cultural e ambiental”.
O vice-presidente da Câmara de Monção, João Oliveira, destacou como Tui, Salvaterra, Valença e Monção entenderam que “esta foi uma oportunidade única para promover o nosso território”. Enfatizou que “demostramos capacidade e resiliência para realizar este projeto”. Já Ana Paula Xavier, vice-presidente da Câmara de Valença, afirmou que “temos de saber valorizar este território, e também a população, em termos de excelência, ambiental, riqueza e valorização dos nossos recursos”.
A diretora-geral do Património Natural, Belén María Docampo, referiu-se ao Centro Transfronteiriço de Interpretação Ambiental do Rio Minho Internacional, na ilha de Fillaboa, criado no âmbito deste projeto, e o que disse o qualificou como um centro de referência ambiental. Já do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Inácio Ribeiro destacou os parceiros envolvidos neste projeto e afirmou que “a cooperação dá resultados”.
As várias autoridades, antes da cerimónia de encerramento, realizaram esta manhã o percurso fluvial de barco na Eurocidade Tui-Valença, uma das iniciativas lançadas com o objetivo de melhorar a navegabilidade do Minho nesta zona transfronteiriça.
Para além da oferta de passeios fluviais, a Rota do Rio Minho tem contribuído para a valorização do diversificado património natural, cultural e etnográfico das duas Eurocidades que integram este projeto, posicionando o Rio Minho como um destino turístico único e diferenciador. Foi também desenhado e sinalizado um Percurso de Observação de Aves Transfronteiriço, com observatórios de aves localizados nos principais miradouros ao longo do percurso, com um Kit do observador, disponível aos visitantes nos postos de turismo, e com a publicação de um Guia de Observação de Aves. Também se trabalhou na consolidação da marca Visit Río Miño. O projeto tem site próprio riominho.org
O Rio Minho, destino navegável, permitiu estreitar a relação positiva entre os parceiros do projeto, trabalhando em equipa, e contribuindo para alargar a oferta turística, cultural e patrimonial destes quatro municípios banhados pelo Rio Minho.
